quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O Abraço Cultural nasceu em julho de 2015. Foi uma iniciativa da plataforma social Atados, que após realizar a 1ª Copa do Mundo dos Refugiados resolveu ter um projeto mais duradouro e que pudesse contribuir para a inserção desses refugiados em nossa sociedade.
Eles então decidiram criar um projeto com o objetivo de promover a troca de experiências, a geração de renda, a valorização pessoal e cultural desses refugiados residentes no Brasil e, ao mesmo tempo, possibilitar o aprendizado de idiomas, a quebra de barreiras culturais e a vivência de aspectos culturais e festivos de outros países.
Em parceria com o Adus – Instituto de Reintegração do Refugiado Brasil, eles desenharam o curso e lançaram a primeira turma que foi um sucesso. O Abraço Cultural recebeu muito mais inscrições do que o esperado e, já em setembro de 2015, lançaram as primeiras turmas semestrais.
Hoje o Abraço está planejando expandir cada vez mais essa iniciativa, para que ela atinja outros bairros da cidade de São Paulo e que seja também copiada para outras cidades do país.

O Abraço Cultural tem como missão: Potencializar oportunidades de geração de renda e empreendedorismo a refugiados por meio de um método inovador de ensino de idiomas e troca de experiências culturais com as comunidades locais valorizando nossas diferenças.
A visão que eles têm é: Ser um ponto inicial de inserção do refugiado no mercado de trabalho e um ponto de contato de suas culturas com a sociedade brasileira para quebrar barreiras culturais.
Os valores que eles utilizam:
Para o refugiado: Promover a troca de experiências, geração de renda e valorização.
Para o aluno: Aprender um idioma através do contato com a cultura de outros países, quebrando barreiras e vivenciando outras tradições.


http://abracocultural.com.br/sobre-o-abraco#_missao

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

''O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) está em contato com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, contem com uma equipe de refugiados.  A edição do Rio foi a primeira a ter uma delegação de refugiados entre os competidores.
Todos os atletas do time tiveram que deixar seus países devido a conflitos, perseguições e violações dos direitos humanos e encontraram refúgio na Alemanha, Bélgica, no Brasil, em Luxemburgo e no Quênia.
A equipe é composta por dez refugiados de quatro países, sendo dois nadadores sírios, dois judocas da República Democrática do Congo e seis corredores africanos – um da Etiópia, maratonista, e cinco do Sudão do Sul.
Nenhum dos dez atletas da Equipe Olímpica de Refugiados ganhou uma medalha, mas, para os organizadores, a participação deles já é um motivo de vitória.''

CONCLUSÃO: Por mais que os refugiados tenham saído de um país de guerra, perseguições e caos, eles ainda podem ser felizes, e participarem de um evento internacionalmente conhecido , como as Olimpíadas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

As Migrações no Brasil estão associadas a fatores econômicos e sociais. Por isso, para compreender as dinâmicas dos movimentos populacionais, é preciso considerar que as zonas em fase de crescimento econômico, em geral, costumam receber um maior quantitativo de pessoas.

Foi assim durante toda a história do Brasil. A concentração populacional sempre ocorreu nas regiões onde se situavam as atividades produtivas: no ciclo da economia da cana-de-açúcar, no Nordeste, durante o período colonial; no Sul, durante a expansão da pecuária; no período da mineração no Centro-Oeste e em Minas Gerais; na região Norte, durante o surto da borracha no final do século XIX e início do século XX; na produção cafeeira na região Sudeste também ao final do século XIX, entre outros.

No entanto, desde a década de 1930 que os fluxos migratórios passaram a obedecer ao ritmo da industrialização. O que colaborou para as migrações rural-urbanas também chamadas de êxodo rural  e para a intensificação das migrações em direção à região Sudeste do país, principalmente oriundas da região Nordeste.

O quadro atual das migrações no Brasil, no entanto, parece apresentar o esgotamento dessa migração em massa. Com os centros urbanos  sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo  completamente saturados e repletos de problemas sociais, não há mais um grande atrativo nessas cidades para a recepção de novos migrantes.  Além disso, há em processo uma desconcentração industrial no país, o que vem colaborando para um gradativo reordenamento dos fluxos migratórios.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Abdulbaset Jarour, sírio de 25 anos, que vive no Brasil desde fevereiro do ano passado, é um dos milhares de refugiados da violenta guerra civil em curso na Síria. Ex-combatente ferido em um bombardeio que deixou sequelas em uma perna. Perdeu casa, trabalho, parentes e teve mais de cem amigos mortos no conflito.
Ao obter refúgio no Brasil, o sírio pensou que encontraria uma cidade com natureza exuberante, transporte a cavalo e economia movida pela pesca e pelo futebol de Ronaldo, Roberto Carlos e Rivaldo, craques que admirava. E, por causa dos Estados Unidos da América, imaginava que o inglês seria a língua principal. Deparou-se, em vez disso, com uma São Paulo de inúmeros prédios e carros e com poucos sinais de pessoas jogando futebol nas ruas. E falando português, o que logo se impôs como um grande desafio. Quando seu dinheiro acabou, Abdo passou a consertar celulares na loja de um libanês na Avenida Paulista – na Síria, o jovem era dono de um estabelecimento semelhante.
Tudo melhorou após ele conhecer Cavalcante em um supermercado e ser apresentado por ele à professora Valdívia Oliveira. Com salário atrasado e sem ter como pagar o aluguel em Santo Amaro, na zona sul paulistana, foi acolhido na casa dela, no extremo leste da cidade.
Desde então, seu português deslanchou. "Ele fala até inconstitucionalissimamente”, elogia o amigo professor. Na conversa com a BBC Brasil, acertou "paralelepípedo" de primeira. Até as experiências aprovadas pelo sírio trazem surpresas. Um dia, ele se entregou, feliz, à euforia de uma multidão nas ruas. Para seu espanto, porém, descobriu depois que, em vez de uma festa popular, participara de uma manifestação contra a presidente Dilma Rousseff.

Curioso, quis saber de Valdívia por que os policiais só haviam observado aquele ato político. "Ele achou interessante porque na Síria os protestos (contra o governo) são reprimidos com violência", conta a amiga.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O Brasil conta hoje com 8.731 refugiados de 79 nacionalidades diferente, sendo 2.252 sírios.
O número de concessões de refúgio aos sírios em 2015 representa 43% do total de solicitações aceitas (1.231). Milhões de pessoas já deixaram a Síria em busca de refúgio em nações vizinhas e, em alguns casos, em países distantes como o Brasil. O embate no território, considerado uma ‘mini guerra mundial’, envolve forças locais, regionais e internacionais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são mais de 250 mil mortos. Já o Centro Sírio para Pesquisa Política fala em mais de 400 mil óbitos em decorrência do conflito.
Medidas como a emissão de um visto especial para os sírios e a criação de programas de melhoria da recepção e atenção aos habitantes do país têm surtido efeito.
Em São Paulo, foram implementados dois Crais (Centros de Referência e Acolhida para Imigrantes e Refugiados). Outros dois, um em Porto Alegre e um em Florianópolis, deverão ser implantados ainda neste ano. “A ideia é criar uma rede de acolhimento provisório, assistência jurídico-social e psicológica e referência sobre serviços públicos”, diz Vasconcelos.

“Outro ponto importante é que, com a mudança no perfil dos refugiados, já que a maioria antes era formada por colombianos e angolanos, surgiu a questão da adaptação à língua. Para isso, foi criado o Pronatec português, para o ensino do idioma e da cultura brasileira. A primeira turma, no Rio, já foi iniciada", afirma Vasconcelos, que discute com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) a revalidação de diplomas e a possibilidade de vagas para refugiados em universidades.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Entrada Dos Refugiados Através Do Emprego
O acesso ao mercado de trabalho é o principal facilitador de sua integração dos Refugiados à sociedade que os acolheu e para a reconstrução de sua vida. Depois de sofrer com históricos de perseguição, conflitos e violações aos direitos humanos em seus países de origem, o refugiado empregado ou empreendedor tem melhores condições de preservar sua autoestima e contornar a ausência de ajuda financeira oficial.  A autossuficiência por meio do trabalho também é o meio indispensável, em muitos casos, para a reunião de famílias.
No caso das mulheres, esses fatores são ainda mais importantes. Boa parte delas chega ao Brasil com filhos ou com a incumbência de trazê-los de seus países. Dos 28.670 solicitantes de refúgio no Brasil no ano passado, 19,2% eram do sexo feminino, conforme dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). Entre os que já têm status de refugiado no país, 28,2% são mulheres.
Com o protocolo de solicitação de refúgio, emitido no Brasil pela Polícia Federal, as refugiadas já têm direito à carteira do trabalho e, portanto, de ingressar no mercado formal. Passam a estar sob o amparo das mesmas leis que protegem as brasileiras, como a Maria da Penha, sobre violência doméstica.
Fonte:
 https://nacoesunidas.org/empresas-brasileiras-contratam-refugiadas-de-programa-da-onu/

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Dia mundial do refugiado

Celebrado mundialmente em 20 de junho é uma oportunidade para celebrar a força, a coragem e a perseverança das pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e seus países por causa de guerras, perseguições e violações de direitos humanos.
A diversidade, a troca cultural e a integração entre refugiados e brasileiros foram as marcas da celebração pelo Dia Mundial do Refugiado no Rio de Janeiro. Com o arrojado edifício do Museu do Amanhã servindo como espaço de acolhida, refugiados de diferentes países reuniram-se para apresentar um pouco da sua culinária, sua arte e seu artesanato.
A feira ofereceu aos visitantes a oportunidade de degustar típicos salgados árabes, arepas colombianas, cachapas venezuelanas e até mesmo o tempero da culinária congolesa, satisfazendo estômagos famintos e curiosos.
Entre uma mordida e outra, brasileiros e turistas estrangeiros que circulavam pela nova Zona Portuária do Rio puderam também comprar roupas africanas e pinturas de artistas colombianos, além de brincos, colares e pulseiras tudo produzidos por refugiados.
 “A feira foi uma oportunidade para os brasileiros conhecerem nossos produtos", disse o venezuelano José Joaquín Rodríguez, que ajudou a esposa, filha de libaneses, a vender comida árabe.

A interação entre refugiados e brasileiros começou antes mesmo da chegada dos visitantes, pois entre os vendedores havia também moradores da região portuária, integrantes dos grupos Sabores do Porto e Artesanato do Porto, que abraçaram a idéia de dividir o espaço com os recém-chegados. "Eu experimentei a comida africana e gostei muito", contou Gregória Cardoso, que, como toda semana, ocupava uma das barracas com seus quitutes brasileiros. "A presença dos refugiados trouxe mais movimento à feira. Tem que haver mais oportunidades como esta para as pessoas conhecerem a comida deles.

Isso acaba sendo muito bom para os brasileiros, pois, desta maneira, acabam por conhecer novas culturas e gostos.